O fortalecimento da educação fiscal desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais consciente sobre o uso de recursos públicos e na promoção de políticas que conciliem desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Em um contexto em que a transição para matrizes energéticas mais limpas é imperativa, a compreensão de como os tributos são arrecadados, administrados e aplicados se torna essencial para garantir que as políticas energéticas sustentáveis sejam efetivas e bem aceitas pela população. Segundo o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, quando os cidadãos entendem a relação entre carga tributária, investimentos públicos e resultados concretos na área de energia, há mais apoio social e pressão por transparência e eficiência nas ações governamentais.
Educação fiscal como base para o engajamento cidadão
A educação fiscal fornece as ferramentas conceituais necessárias para que a população compreenda o ciclo completo da gestão pública: desde a arrecadação de impostos até a aplicação desses recursos em setores estratégicos, como o de energia. Essa compreensão é vital para que os cidadãos participem ativamente do debate sobre a destinação dos recursos para investimentos em infraestrutura energética, tecnologias limpas e projetos de eficiência. Fernando Trabach Filho destaca que a participação informada tende a elevar o nível das discussões públicas, permitindo que a sociedade cobre políticas mais consistentes e fiscalize o cumprimento das metas estabelecidas, inclusive na área de sustentabilidade energética.

Transparência e confiança na gestão de recursos
A relação entre educação fiscal e adoção de políticas energéticas sustentáveis passa também pela construção de confiança entre governo e sociedade. Quando há clareza sobre a origem dos recursos e sobre os critérios que orientam sua aplicação, cria-se um ambiente favorável à implementação de projetos de longo prazo, como a expansão da geração renovável ou a modernização da rede elétrica. De acordo com Fernando Trabach Filho, a transparência na gestão tributária e orçamentária é um elemento central para reduzir resistências e garantir que os investimentos em energia limpa sejam percebidos como prioridade legítima, e não como medidas isoladas ou de caráter meramente político.
Educação fiscal como indutora de escolhas sustentáveis
A educação fiscal também atua de forma indireta na adoção de políticas energéticas sustentáveis ao influenciar o comportamento de consumo e investimento. Ao entender o impacto econômico e ambiental de determinadas escolhas, como a utilização de fontes renováveis, o uso eficiente da energia ou a aquisição de equipamentos de baixo consumo, os cidadãos passam a valorizar iniciativas que conciliam economia financeira e responsabilidade ambiental. Fernando Trabach Filho observa que esse entendimento incentiva a adesão a programas governamentais de incentivo, como isenções fiscais para energia solar ou subsídios à aquisição de veículos elétricos, fortalecendo a demanda por soluções sustentáveis e tornando-as mais viáveis economicamente.
Papel das instituições de ensino e comunicação
A implementação efetiva da educação fiscal voltada para a sustentabilidade energética exige a participação ativa de instituições de ensino, órgãos governamentais e meios de comunicação. Escolas e universidades podem incluir temas relacionados à gestão fiscal e à transição energética em seus currículos, preparando as novas gerações para atuarem de forma consciente e participativa. Ao mesmo tempo, campanhas de comunicação pública devem ser claras, acessíveis e baseadas em dados, mostrando de forma prática como os tributos sustentam projetos de geração renovável, eficiência energética e redução de emissões. A convergência entre educação formal e informação pública é essencial para ampliar o alcance e a eficácia dessas ações.
Considerações finais
O fortalecimento da educação fiscal é uma das chaves para viabilizar a adoção e a manutenção de políticas energéticas sustentáveis no Brasil. Ao promover uma compreensão mais profunda sobre a relação entre tributos, orçamento público e resultados concretos na área de energia, essa abordagem contribui para aumentar o engajamento social, reduzir resistências e assegurar a continuidade de projetos estratégicos. Além disso, a educação fiscal estimula comportamentos individuais e coletivos alinhados à sustentabilidade, reforçando o papel do cidadão como agente ativo na transição energética. Com um ambiente de maior transparência e participação, o país estará mais preparado para implementar políticas que combinem eficiência econômica, justiça social e preservação ambiental, consolidando um modelo de desenvolvimento sustentável que atenda às demandas do presente sem comprometer o futuro.
Autor: Silvye Merth